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Lidando com a síndrome de abstinência do cigarro:


Parar de fumar é uma conquista incrível, mas os sintomas da abstinência podem dificultar o processo. A boa notícia é que esses sintomas são temporários e existem diversas estratégias para superá-los:


Sintomas comuns:


  • Desejo intenso por cigarro: É a principal característica da abstinência e pode ser muito forte nos primeiros dias.


  • Irritabilidade, ansiedade e frustração: A nicotina age no cérebro como um calmante, e sua ausência pode causar alterações no humor.


  • Dificuldade de concentração: A falta de nicotina pode afetar a capacidade de concentração e memória.


  • Inquietação e insônia: A nicotina interfere no sono, o que pode levar a dificuldades para adormecer e permanecer dormindo.


  • Dores de cabeça, náuseas e tontura: Esses sintomas são geralmente leves e passageiros.


Estratégias para lidar com os sintomas:


  • Aceite que os sintomas são normais: É importante saber que os sintomas da abstinência são comuns e passageiros. Eles geralmente diminuem em intensidade e frequência nas primeiras semanas.


  • Evite gatilhos: Identifique situações, pessoas ou lugares que te fazem querer fumar e evite-os.


  • Mantenha-se ocupado: Distrair a mente com atividades que você gosta pode ajudar a reduzir o desejo por cigarro.


  • Pratique exercícios físicos: A atividade física libera endorfinas, que têm efeitos calmantes e podem melhorar o humor.


  • Técnicas de relaxamento: Yoga, meditação e respiração profunda podem ajudar a controlar a ansiedade e o estresse.


  • Substituição da nicotina: Terapias de reposição de nicotina, como chicletes, adesivos ou pastilhas, podem ajudar a reduzir os sintomas da abstinência. Converse com seu médico sobre as opções disponíveis.


  • Apoio social: Converse com amigos, familiares ou participe de grupos de apoio para fumantes que estão parando. O apoio social pode ser fundamental para te motivar e te ajudar a superar os desafios.


  • Busque ajuda profissional: Se os sintomas da abstinência forem muito fortes ou interferirem em sua vida diária, converse com seu médico. Ele pode te ajudar a desenvolver um plano personalizado para lidar com os sintomas e te oferecer o suporte necessário.




 


Testemunho do Dr. Dráuzio Varella, ex fumante sobre a sua experiência quando parou de fumar.


"A crise de abstinência de nicotina provoca agruras pelas quais passam aqueles que tentam ficar livres da dependência do cigarro.

 

Tinha até esquecido o quanto sofre o fumante para largar do cigarro. Parei há 23 anos e já não me lembrava das agruras pelas quais passei até ficar livre da dependência de nicotina que me escravizou durante 19 anos. Ao gravar uma série para a TV com seis personagens que pararam de fumar num mesmo dia, no entanto, revivi meu sofrimento e pude observar as dificuldades dos dependentes diante da crise de abstinência de nicotina.


O cigarro nada mais é do que um dispositivo para administrar droga. A nicotina inalada com a fumaça é rapidamente absorvida pelos alvéolos pulmonares, cai na circulação e chega ao cérebro num intervalo de seis a dez segundos. Inalada, chega mais depressa do que se tivesse sido injetada na veia, porque não perde tempo na circulação venosa. A velocidade com que a droga chega ao sistema nervoso central explica por que a primeira tragada traz alívio imediato ao fumante aflito.


No tecido cerebral, a nicotina se liga a receptores localizados nas membranas dos neurônios localizados em vários centros cerebrais. A integração desses circuitos é responsável pela sensação de prazer que os dependentes referem sentir ao fumar – e que os não fumantes são incapazes de entender.


A droga é de excreção rápida. Sua meia vida é curta: duas horas, em média. Isto é, metade da dose fumada é eliminada da circulação em duas horas. Por razões genéticas, essa velocidade de excreção varia de um fumante para outro; os que eliminam a droga mais depressa tendem a fumar mais. Grande parte dos que fumam dois ou três maços por dia é constituída por metabolizadores rápidos de nicotina.


A presença de outras drogas na circulação pode alterar a velocidade de excreção. É o caso do álcool, substância na qual a nicotina se dissolve com muita facilidade. Como o álcool é diurético, ao beber, o fumante excreta rapidamente na urina a nicotina nele dissolvida. A queda da concentração da droga no sangue desencadeia o desejo irresistível de fumar.


Viciados em nicotina, os neurônios do centro que integra as sensações de prazer, ao sentirem seus receptores vazios dela, estimulam outros circuitos de neurônios, que convergem para o chamado centro da busca. Esse centro é responsável por induzir alterações comportamentais com a intenção de nos obrigar a repetir ações que anteriormente nos trouxeram prazer: sexo, comida, temperatura agradável para o corpo, etc.


Uma vez que os centros do prazer ativam o centro da busca, este não pode ser mais desativado. O centro da busca permanecerá ativado mesmo que o prazer responsável por sua ativação deixe de existir. Por isso o fumante se surpreende ao acender um cigarro no toco do outro, o usuário de cocaína continua cheirando apesar do delírio persecutório que experimenta toda vez que usa a droga, e o jogador compulsivo é capaz de perder a casa da família em cima do pano verde.


Informados da falta de nicotina, os neurônios do centro da busca lançam mão de sua mais poderosa arma de persuasão comportamental: a ansiedade crescente. Tomado pela vontade de fumar, o fumante perde a tranquilidade, fica agitado, nervoso e não consegue se concentrar em mais nada. Para ele, não existe felicidade possível sem o cigarro.


Como a nicotina é droga de excreção rápida, essas crises de ansiedade se repetem muitas vezes por dia. Para evitá-las, o fumante vive com o maço ao alcance da mão para acender um cigarro assim que surgirem os primeiros sinais, porque sabe que a intensidade dos sintomas da crise é crescente, insuportável. O cérebro aprende, então, que ansiedade e nicotina estão indissoluvelmente ligadas. Daí em diante, todo acontecimento que provocar ansiedade será interpretado por ele como resultante da ausência de nicotina. Por isso os fumantes levam imediatamente um cigarro à boca ao menor sinal de ansiedade ou diante da emoção mais rotineira. Por isso dizem que o cigarro os acalma.


O curto-circuito de prazer que a nicotina arma entre os neurônios provoca uma dependência química de forte intensidade, enfermidade cerebral crônica e recidivante. Para tratá-la, é preciso ensinar o cérebro novamente a funcionar como fazia antes de entrar em contato com a droga. Tal empreitada significa enfrentar a abstinência de nicotina, que se manifesta em crises repetitivas, muito mais intensas, desagradáveis e difíceis de suportar do que aquelas provocadas por drogas como cocaína, crack, maconha, ou álcool.


Os primeiros dois dias sem fumar são os piores. As crises se sucedem uma atrás da outra até atingirem freqüência e duração máximas em 48 horas. Nesse período, as manifestações incluem irritação, ansiedade, tremores, sudorese fria nas mãos, fome compulsiva, modificação do hábito intestinal, alterações da arquitetura do sono (insônia ou hipersônia), dificuldade extrema de concentração e alternância de episódios de apatia com outros de agressividade comportamental.


A partir do terceiro dia, a frequência das crises e a intensidade dos sintomas começam a diminuir gradativamente, dia após dia. À medida que as semanas se sucedem, o desejo de fumar continua a manifestar-se, mas vai embora cada vez mais depressa.


Em média, seis meses depois de parar de fumar, a maioria dos ex-fumantes já consegue passar um ou outro dia sem se lembrar da existência do cigarro. Os neurônios começam a ficar livres da dependência que os sucessivos impactos diários de nicotina causaram em seus circuitos. É a liberdade do cérebro, que, para ser mantida, exige o preço da eterna vigilância, porque a doença é traiçoeira, crônica e recidivante".


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Site e canal recomendados para pessoas com mais de 40 anos:





Equipe do Curso Como Parar de Fumar Usando os 8 Remédios da Natureza

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